terça-feira, 12 de novembro de 2013

Renascimento Comercial e Cultural (1° colegial)


As cruzadas geraram um maior contato entre os povos do ocidente e oriente. Através das terras conquistadas e das frequentes viagens em batalhas, gerou-se uma rota comercial que tinha como objetivo, transportar para a Europa as especiarias (temperos) que eram abundantes na Ásia e totalmente excassos ou inexistentes na região europeia devido ao seu clima frio. Entre as especiárias mais transportadas estava o açúcar, canela, nóz moscada, pimenta do reino e gengibre, que alcançavam altíssimos valores na Europa devido à sua raridade. Este transporte, embora longo e perigoso, foi responsável pelo ressurgimento do comércio que desde os períodos da Roma Antiga havia se extinguido. Após a queda de Roma, a sociedade européia se isolou dentro dos pequenos reinos e feudos, diminuindo de forma radical a circulação de moedas, que em algum local, chegou a ser praticamente inexistente. Desta forma, o comércio passou a ser apenas local e baseado nas trocas de mercadorias que eram produzidas dentro dos feudos, não sendo comum agregar o lucro a seu produto. Entretanto, com a chegada das especiárias, e principalmente devido a seus valores elevados, o comércio baseado na circulação monetária ressurge, estimulando as rotas com a Ásia. Deste Renascimento Comercial, um novo grupo social surge na Europa. Embora ainda pertence ao terceiro estado, estes novos comerciantes, pelo fato de acumularem grandes volumes de moedas, se diferenciavam dos servos e por morarem em Burgos (vilas muradas) passaram a serem chamados de Burgueses (Burguesia).

O contato com diferentes culturas do Oriente Médio e da Ásia possibilitaram um maior enriquecimento cultural da população européia. Esta mudança de pensamento passou a ser mais visível na arte e na literatura, onde a concepção medieval de Teocentrismo (Deus como centro de toda produção), passou a ser substituida pelo Antropocentrismo (homem como centro). Nesta mudança de concepção, a arte passou a considerar o homem um ser dotado de grande capacidade e capaz de representar o mundo e desenvolver conhecimento. Neste período temos o surgimento de grandes mestres da pintura e da escultura, como Rafael, Michelângelo, Leonardo da Vince e Botticelli. Entre os grandes escritores renascentistas temos Camões, Miguel de Cervantes e William Shakespeare. Esta mudança de pensamento se difundiu para as diversas areas do conhecimento, proporcionando um renascimento cientifíco, que rompeu com o controle religioso do saber no período medieval. Com o intúito de aumentar seu reconhecimento social e buscar uma igualdade com a nobreza, os burgueses passaram a financiar os grandes pintores do período renascentista, tornando-se assim mecenas das artes e conseguindo um maior status dentro da sociedade européia.

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