segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Jânio Quadros e Jango (3° colegial)


Jânio Quadros

Em 1960, Jânio foi eleito presidente da República com o apoio da União Democrática Nacional (UDN). Para vice-presidente foi eleito o candidato da oposição, João Goulart (PTB).
Jânio foi o primeiro presidente a tomar posse em Brasília, em 31 de janeiro de 1961. Ao assumir, ele lançou um programa que previa a desvalorização do cruzeiro em 100% e a redução da ajuda às importações de produtos, como trigo e gasolina. Essa política teve um custo alto para a população, pois elevou os preços do pão e dos transportes. Durante seu governo, o presidente tomou algumas medidas polêmicas, como proibir o lança-perfume e o uso de biquínis na praia. Ele também implementou uma política externa independente, o que provocou a desconfiança de grupos que defendiam o alinhamento com os Estados Unidos.
Um fato detonou a crise política que colocou fim ao governo Jânio Quadros: o presidente condecorou com a ordem do Cruzeiro do Sul o ministro cubano Ernesto Che Guevara. Sem uma base política de apoio, o governo ficou sem defesa. Em meio à crise, o presidente Jânio Quadros renunciou em 25 de agosto de 1961, sete meses depois de assumir. Como o vice-presidente João Goulart estava em viagem oficial à China Comunista, Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara, assumiu a presidência da República interinamente. Mas a oposição e os militares tentaram impedir a posse do vice. Para resolver a situação, o Congresso estabeleceu o regime parlamentarista, que controlaria o poder do novo presidente.

João Goulart

Em 25 de agosto de 1961, enquanto João Goulart realizava uma missão diplomática na China, o presidente Jânio Quadros renunciou ao cargo no Brasil. Enquanto o vice-presidente não voltava, os ministros militares do governo formaram um movimento que tentou impedir a posse de João Goulart. A solução para o impasse foi a aprovação pelo Congresso, em 2 de setembro, de uma emenda constitucional que instaurou o regime parlamentarista de governo.
João Goulart assumiu a presidência em 7 de setembro de 1961. Em 6 de janeiro de 1963, um plebiscito escolheu a volta do presidencialismo por larga margem de votos. Em 1962, o governo divulgou um plano, elaborado pelo economista Celso Furtado, para combater a inflação e desenvolver o país. Anunciou também as reformas: agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional.
Em seu governo, Jango aprovou leis que garantiam benefícios aos trabalhadores urbanos e rurais. Também procurou diminuir a participação de empresas estrangeiras em alguns setores da economia. Ele manteve uma política externa independente: reatou relações diplomáticas com a União Soviética e se recusou a apoiar a invasão a Cuba, proposta pelo presidente americano John Kennedy. As tensões sociais no país aumentaram. Em 13 de março de 1964, Jango discursou na Central do Brasil para 150 mil pessoas, e anunciou reformas, como a nacionalização de refinarias de petróleo e a desapropriação de terras. Em 19 de março, em São Paulo, aconteceu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, cujo objetivo era mobilizar a opinião pública contra a política desenvolvida pelo governo de Jango que, segundo eles, levaria à implantação do comunismo no Brasil.
Em 31 de março de 1964, o comandante das tropas de Minas Gerais iniciou a movimentação em direção ao Rio de Janeiro e deu início ao golpe político-militar que derrubou João Goulart. O presidente reconheceu a impossibilidade de resistir ao movimento, foi para o Rio Grande do Sul e depois se exilou no Uruguai.

O Congresso entregou o cargo de chefe da nação a Ranieri Mazzili, presidente da Câmara, mas foram os militares que passaram a controlar o país. O novo governo foi reconhecido pelo presidente norte-americano, Lyndon Johnson, poucas horas após tomar o poder.

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