Jânio
Quadros
Em 1960, Jânio foi eleito presidente da República
com o apoio da União Democrática Nacional (UDN). Para vice-presidente foi
eleito o candidato da oposição, João Goulart (PTB).
Jânio foi o primeiro presidente a tomar posse em
Brasília, em 31 de janeiro de 1961. Ao assumir, ele lançou um programa que
previa a desvalorização do cruzeiro em 100% e a redução da ajuda às importações
de produtos, como trigo e gasolina. Essa política teve um custo alto para a
população, pois elevou os preços do pão e dos transportes. Durante seu governo,
o presidente tomou algumas medidas polêmicas, como proibir o lança-perfume e o
uso de biquínis na praia. Ele também implementou uma política externa
independente, o que provocou a desconfiança de grupos que defendiam o
alinhamento com os Estados Unidos.
Um fato detonou a crise política que colocou fim ao
governo Jânio Quadros: o presidente condecorou com a ordem do Cruzeiro do Sul o
ministro cubano Ernesto Che Guevara. Sem uma base política de apoio, o governo
ficou sem defesa. Em meio à crise, o presidente Jânio Quadros renunciou em 25
de agosto de 1961, sete meses depois de assumir. Como o vice-presidente João
Goulart estava em viagem oficial à China Comunista, Ranieri Mazzilli,
presidente da Câmara, assumiu a presidência da República interinamente. Mas a
oposição e os militares tentaram impedir a posse do vice. Para resolver a
situação, o Congresso estabeleceu o regime parlamentarista, que controlaria o
poder do novo presidente.
João
Goulart
Em 25 de agosto de 1961, enquanto João Goulart
realizava uma missão diplomática na China, o presidente Jânio Quadros renunciou
ao cargo no Brasil. Enquanto o vice-presidente não voltava, os ministros
militares do governo formaram um movimento que tentou impedir a posse de João
Goulart. A solução para o impasse foi a aprovação pelo Congresso, em 2 de
setembro, de uma emenda constitucional que instaurou o regime parlamentarista
de governo.
João Goulart assumiu a presidência em 7 de setembro
de 1961. Em 6 de janeiro de 1963, um plebiscito escolheu a volta do
presidencialismo por larga margem de votos. Em 1962, o governo divulgou um
plano, elaborado pelo economista Celso Furtado, para combater a inflação e
desenvolver o país. Anunciou também as reformas: agrária, tributária,
administrativa, bancária e educacional.
Em seu governo, Jango aprovou leis que garantiam
benefícios aos trabalhadores urbanos e rurais. Também procurou diminuir a
participação de empresas estrangeiras em alguns setores da economia. Ele
manteve uma política externa independente: reatou relações diplomáticas com a
União Soviética e se recusou a apoiar a invasão a Cuba, proposta pelo
presidente americano John Kennedy. As tensões sociais no país aumentaram. Em 13
de março de 1964, Jango discursou na Central do Brasil para 150 mil pessoas, e
anunciou reformas, como a nacionalização de refinarias de petróleo e a
desapropriação de terras. Em 19 de março, em São Paulo, aconteceu a Marcha da
Família com Deus pela Liberdade, cujo objetivo era mobilizar a opinião pública
contra a política desenvolvida pelo governo de Jango que, segundo eles, levaria
à implantação do comunismo no Brasil.
Em 31 de março de 1964, o comandante das tropas de
Minas Gerais iniciou a movimentação em direção ao Rio de Janeiro e deu início
ao golpe político-militar que derrubou João Goulart. O presidente reconheceu a
impossibilidade de resistir ao movimento, foi para o Rio Grande do Sul e depois
se exilou no Uruguai.
O Congresso entregou o cargo de chefe da nação a
Ranieri Mazzili, presidente da Câmara, mas foram os militares que passaram a
controlar o país. O novo governo foi reconhecido pelo presidente
norte-americano, Lyndon Johnson, poucas horas após tomar o poder.
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