segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Dutra, Vargas e JK (3° colegial)


Com a queda de Getúlio Vargas, sobe ao poder após o processo eleitoral de 45 o general Eurico Gaspar Dutra para um mandato que iria de 46 a 51. Seu governo ficou caracterízado por uma definição diplomática que posicionaria um alinhamento do Brasil com os EUA e a ruptura das relações com a URSS durante a guerra fria. Também foi responsável pela criação do Plano SALTE (focado nas áreas de Saúde, Alimentação, Transportes e Energia). Com falta de recursos para investimentos, poucas ações do plano viraram realidade. Durante seu governo foi criada a constituição de 46 de caráter democrático, substituindo portanto a antiga constituição criada por Vargas, de caráter ditatorial.

Ao final do governo de Gaspar Dutra, o processo eleitoral trouxe novamente para a presidência da república Getúlio Vargas. Manteve a política nacionalista ao criar a campanha "o petróleo é nosso" que definiu o monópolio da petrobras para a extração do minério no Brasil. Sua política populista ainda conseguia grande amparo na camada mais baixa, entretanto, diferente das circunstâncias que o levou ao primeiro mandato, desta vez não recebia grande apoio de diversos setores, como os militares e a classe alta. Teve na figura do jornalista Carlos Lacerda um grande opositor, e um evento relacionado a este jornalista, colocou em xeque seu governo. O atentado da "rua toneleiros" gerou apreensão no Brasil quando Carlos Lacerda sofreu uma tentativa de assassinato que levou à morte do major Rubens Vaz, principalmente pelo fato das suspeitas se voltarem para o presidente Vargas. Pressionado pelos militares que exigiam sua renúncia, Vargas comete suicídio em 1954, gerando grande revolta na população, e impossíbilitando uma possível tomada do poder pelos militares.

Em 1955 é eleito Juscelino Kubitschek. Seu governo ficou conhecido pelo Plano de Metas e uma política de desenvolvimento rápido, conhecido pelo nome de "cinquenta anos em cinco" e vai de 1956 a 1961. Seu plano de metas ficou caracterizado pelo invenstimento em infraestrutura e industria local, mas principalmente pela grande abertura para a entrada de capitais estrangeiros. Simbolo desta abertura foi a chegada de grandes montadoras de automóveis que mudaram a estrutura de transporte do Brasil, mas que por outro lado, prejudicou as industrias nacionais que ainda estavam se desenvolvendo no setor. Outro ponto crucial de seu governo foi o projeto da integração do Brasil através de uma nova capital, planejada para ser construída no centro do Brasil e que serviria também para aumentar a proteção, mas também para melhorar as manobras de controle das manifestações. Entrava em processo um grande projeto de construir uma capital moderna durante o seu mandato. Com grande capital provenientes de empréstimos internacionais, iniciou a construção da cidade de Brasilia que ficou pronta no dia 21 de abril de 1960 e deixou o país extremamente endividado.

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