DITADURA
MILITAR
A Ditadura Militar no
Brasil foi um período de 21 anos de governo dos militares no Brasil. Iniciou em
1 de abril e 1964 com o golpe militar e terminou em 15 de janeiro de 1985 com a
eleição do novo presidente do Brasil, na época, Tancredo Neves.
CAUSAS
João Goulart assumiu a
presidência do Brasil em 8 de setembro de 1961. Seu governo era algo que
preocupava as classes conservadoristas, como a Igreja, os empresários, a classe
média e os militares, pois os estudantes e os trabalhadores ganharam
espaço. As classes ricas do Brasil temiam um governo socialista e organizaram
um golpe de Estado.
OS
GRUPOS DE OPOSIÇÃO
Os grupos de oposição
ao governo de João Goulart criaram partidos políticos para
confrontar as propostas de Jango. Estes partidos eram: União Democrática
Nacional (UDN), e o Partido Social Democrático (PSD) que declararam oposição ao
governo e acusavam João Goulart pela desestabilização da economia do
Brasil. Em 19 de março, a oposição organizou uma manifestação contra as
propostas de João Goulart. Este movimento foi conhecido como “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.
O GOLPE DE ESTADO
Em 1 de abril de 1964 a oposição mandou seus
exércitos de Minas Gerais e São Paulo para confrontar com João Goulart. Para
evitar uma possível guerra civil, João Goulart refugiou-se no Uruguai, deixando
o poder do Brasil nas mãos dos militares. Em 9 de abril de 1964, foi lançado à
população o Ato Institucional I, que suspendia por dez anos os
direitos políticos de pessoas que eram vistas como opositoras da ditadura
militar, estes que eram expulsos do Brasil. O Ato Institucional I decretava
também a eleição indireta de presidentes, suspendendo qualquer tipo de
democracia no Brasil.
OS PRESIDENTES DA DITADURA
MILITAR
Castello Branco
O primeiro presidente da ditadura
militar do Brasil foi Castello Branco, eleito pelo congresso nacional em 15 de
abril de 1964. Ele cessou atividades em associações civis, proibiu os
movimentos de greve e impôs uma nova Constituição, que promulgava a ditadura
militar através da atividade de apenas dois partidos políticos: o Movimento
Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA).
Governo Costa e Silva
Em 15 de março de 1967, o general Arthur Costa e
Silva assumiu a presidência do Brasil. A oposição à ditadura militar cria a
União Nacional dos Estudantes (UNE) e organiza a “Passeata dos Cem Mil”, no Rio de Janeiro. O governo de
Costa e Silva foi marcado por grandes manifestações sociais da população contra
a ditadura militar. É decretado o AI-5 que decretou aposentadoria compulsória
aos juízes e suspendeu o habeas corpus.
Governo da Junta Militar
Em agosto de 1969, Costa e Silva
sofreu um AVC, e a Junta Militar do Brasil composta por Aurélio de Lira
Tavares, Augusto Rademaker e Márcio de Sousa e Melo assumiu o poder. A ditadura
militar decreta a Lei de Segurança Nacional. Nesta lei, os opositores à Ditadura
Militar no Brasil eram condenados ao exílio e pena de morte.
Governo Medici
Em 1969,
o general Emílio Garrastazu Medici é eleito o novo presidente do Brasil. Esta
época da repressão é conhecida como “Anos de Chumbo”. Os jornais, livros, revistas, filmes, músicas, peças de
teatro e qualquer outra forma artística são censurados. Foi conhecido como o
período do “milagre econômico” devido aos altos índices de crescimento baseado
na aquisição de empréstimos para criação de obras gigantescas, como a ponte
rio-niterói e a rodovia transamazônica, que proporcional grande quantidade de
empregos mas elevou o índice de inflação.
Governo Geisel
Em 1974, o Brasil começa um
processo lento, de redemocratização. Geisel reinstaura o habeas-corpus, cessa
com o Ato Institucional, e abre caminhos para a democracia para a população
brasileira. Os militares da chamada “linha dura”, contrários a
redemocratização, mantêm uma política
agressiva através de mortes e atentados a população.
Governo Figueiredo
Em 1978, a redemocratização do
Brasil começa a entrar em vigor. O general João Baptista Figueiredo decreta a
“Lei da Anistia” que concedia o direito de retorno ao Brasil dos políticos e
brasileiros exilados, e liberava novamente expressões artísticas e de mídia.
São criados partidos como o PT (Partido dos Trabalhadores) e o Partido
Democráticos Trabalhista (PDS).
O fim da Ditadura Militar no
Brasil
Nos últimos anos da Ditadura Militar no Brasil, a
oposição começa a ganhar força. A inflação e a dívida externa do Brasil são
muito elevadas, e os candidatos opositores da Ditadura Militar foram
fortificados. Em 1984, ocorre o mais importante movimento de democratização do
Brasil, as “Diretas Já”,
movimento destinado às eleições diretas da população para presidente do Brasil.
Em janeiro de 1985, Tancredo Neves é eleito novo presidente do Brasil, que
fazia parte da Aliança Democrática (PMDB e Frente Liberal). Tancredo morre
antes de assumir a presidência, e o vice-presidente José Sarney sobe ao poder.
Em 1988 é publicada a nova constituição do Brasil, a Constituição de 1988. Ela
eliminou todos os princípios da Ditadura Militar do Brasil e promulgou a
democracia.