quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Expansão Ultramarina (1° colegial)


A expansão árabe no Oriente médio e norte da África gerou dificuldades para que o comércio das especíarias através do caminho das Índias continuasse. O interesse Europeu em manter a rota levou dois reinos (Espanha e Portugal) a iniciar a busca por rotas alternativas pelo mar para alcançar o extremo oriente. Entretanto, a baixa tecnologia inicial e o desconhecimento da totalidade do globo, reduziu as possibilidades a apenas uma rota possível, o contorno da África através do temível cabo das tormentas.
A dificuldade de se atravessar esta região, levou a busca de maiores tecnologias náuticas. Um dos grandes avanços deste período foi criado pelos povos árabes: o astrolábio. Este instrumento possibilitava a navegação noturna, orientando-se pelas estrelas.

Foi o navegador genovês Cristovão Colombo que primeiro apresentou o projeto de se chegar as 
Indias através do contorno do globo. Esta possibilidade foi levantada baseada nos estudos anteriores de Copernico e Galileu. Entretanto, ainda era necessário que um dos reinos fossem convencidos desta possibilidade para financiar a viagem. Depois da negação de Portugal, Colombo conseguiu o apoio da rainha da espanha Catarina de Aragão, e no ano de 1492 partia rumo a oeste em três embarcações: Pinta, Niña e Santa Maria. Depois de semanas em alto mar, sem uma certeza de que seria possível contornar o planeta, Cristovão Colombo chegou às ilhas do caribe. A confirmação de que encontrara um novo continente veio tardiamente com a viagem do navegador Américo Vespúcio, responsável pela nomeação da América. Portugal, por sua vez, continuou a buscar o contorno do cabo das tormentas, conquistada anos mais tardes pelo navegador Vasco da Gama. Somente após esta conquista que Portugal voltou sua atenção para o novo continente descoberto pela Espanha, e em 1500 Pedro Álvares Cabral desembarcava em Porto Seguro, levando a América a ser dividido entre Espanha e Portugal através do Tratado de Tordesilhas 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Renascimento Comercial e Cultural (1° colegial)


As cruzadas geraram um maior contato entre os povos do ocidente e oriente. Através das terras conquistadas e das frequentes viagens em batalhas, gerou-se uma rota comercial que tinha como objetivo, transportar para a Europa as especiarias (temperos) que eram abundantes na Ásia e totalmente excassos ou inexistentes na região europeia devido ao seu clima frio. Entre as especiárias mais transportadas estava o açúcar, canela, nóz moscada, pimenta do reino e gengibre, que alcançavam altíssimos valores na Europa devido à sua raridade. Este transporte, embora longo e perigoso, foi responsável pelo ressurgimento do comércio que desde os períodos da Roma Antiga havia se extinguido. Após a queda de Roma, a sociedade européia se isolou dentro dos pequenos reinos e feudos, diminuindo de forma radical a circulação de moedas, que em algum local, chegou a ser praticamente inexistente. Desta forma, o comércio passou a ser apenas local e baseado nas trocas de mercadorias que eram produzidas dentro dos feudos, não sendo comum agregar o lucro a seu produto. Entretanto, com a chegada das especiárias, e principalmente devido a seus valores elevados, o comércio baseado na circulação monetária ressurge, estimulando as rotas com a Ásia. Deste Renascimento Comercial, um novo grupo social surge na Europa. Embora ainda pertence ao terceiro estado, estes novos comerciantes, pelo fato de acumularem grandes volumes de moedas, se diferenciavam dos servos e por morarem em Burgos (vilas muradas) passaram a serem chamados de Burgueses (Burguesia).

O contato com diferentes culturas do Oriente Médio e da Ásia possibilitaram um maior enriquecimento cultural da população européia. Esta mudança de pensamento passou a ser mais visível na arte e na literatura, onde a concepção medieval de Teocentrismo (Deus como centro de toda produção), passou a ser substituida pelo Antropocentrismo (homem como centro). Nesta mudança de concepção, a arte passou a considerar o homem um ser dotado de grande capacidade e capaz de representar o mundo e desenvolver conhecimento. Neste período temos o surgimento de grandes mestres da pintura e da escultura, como Rafael, Michelângelo, Leonardo da Vince e Botticelli. Entre os grandes escritores renascentistas temos Camões, Miguel de Cervantes e William Shakespeare. Esta mudança de pensamento se difundiu para as diversas areas do conhecimento, proporcionando um renascimento cientifíco, que rompeu com o controle religioso do saber no período medieval. Com o intúito de aumentar seu reconhecimento social e buscar uma igualdade com a nobreza, os burgueses passaram a financiar os grandes pintores do período renascentista, tornando-se assim mecenas das artes e conseguindo um maior status dentro da sociedade européia.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

As Cruzadas (1° colegial)



Durante o século XI, cresceu na Europa um grande desejo de reconquista do território conhecido como Terra Santa. A cidade de Jerusalém estava sob o controle dos Turcos islâmicos que eram considerados infiéis pelos europeus cristãos. Este fator religioso se uniu ao desejo de conseguir novas terras devido o crescimento da população européia. Inicia-se portanto o período conhecido como as Cruzadas religiosas que consistiu em 8 grandes expedições militarizadas contra os póvos árabes e que inicialmente era tratadas como uma guerra santa contra os infiéis.

Aproveitando de sua influência sobre as demais classes sociais, o Clero consegue apoio de todas as camadas, indo de Reis à grande massa camponesa. As cruzadas se reunião dos diversos reinos europeus e através do porto de Messina na península itálica, rumavam em direção ao oriente médio. A primeira cruzada partiu no ano de 1096 d.C. e obteve sucesso, conquistando diversas terras e inclusive Jerusalém. Entretanto, os Turcos se reorganizaram sob o comando de Saladino e reconquistaram a cidade, provocando a segunda Cruzada européia que sofreu grande derrota na região de Damasco em 1148. A terceira cruzada foi organizada pelos reis Ricardo Coração de Leão (Inglaterra), Filipe Augusto (França) e de Frederico Barba-Ruiva (Sacro Império Romano Germânico) e consistiu de grande poder de mobilização do exército. Embora tenha sofrido nova derrota, Ricardo Coração de Leão conseguiu um acordo com Saladino que permitia aos cristãos peregrinar para Jerusalém para fazer suas orações. As demais cruzadas perdeu em partes o sentido religioso de reconquista e valorizou muito mais a busca de novas terras. Jerusalém permaneceu nas mãos dos Turcos e embora se apresente como um fracasso, as cruzadas abriram novas rotas comerciais que iriam influenciar no rumo da sociedade européia

Ditadura Militar (3° colegial)




DITADURA MILITAR

A Ditadura Militar no Brasil foi um período de 21 anos de governo dos militares no Brasil. Iniciou em 1 de abril e 1964 com o golpe militar e terminou em 15 de janeiro de 1985 com a eleição do novo presidente do Brasil, na época, Tancredo Neves.
CAUSAS
João Goulart assumiu a presidência do Brasil em 8 de setembro de 1961. Seu governo era algo que preocupava as classes conservadoristas, como a Igreja, os empresários, a classe média e os militares, pois os estudantes e os trabalhadores ganharam espaço. As classes ricas do Brasil temiam um governo socialista e organizaram um golpe de Estado.
OS GRUPOS DE OPOSIÇÃO
Os grupos de oposição ao governo de João Goulart criaram partidos políticos para confrontar as propostas de Jango. Estes partidos eram: União Democrática Nacional (UDN), e o Partido Social Democrático (PSD) que declararam oposição ao governo e acusavam João Goulart pela desestabilização da economia do Brasil. Em 19 de março, a oposição organizou uma manifestação contra as propostas de João Goulart. Este movimento foi conhecido como “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.
O GOLPE DE ESTADO

Em 1 de abril de 1964 a oposição mandou seus exércitos de Minas Gerais e São Paulo para confrontar com João Goulart. Para evitar uma possível guerra civil, João Goulart refugiou-se no Uruguai, deixando o poder do Brasil nas mãos dos militares. Em 9 de abril de 1964, foi lançado à população o Ato Institucional I, que suspendia por dez anos os direitos políticos de pessoas que eram vistas como opositoras da ditadura militar, estes que eram expulsos do Brasil. O Ato Institucional I decretava também a eleição indireta de presidentes, suspendendo qualquer tipo de democracia no Brasil.

OS PRESIDENTES DA DITADURA MILITAR
Castello Branco
O primeiro presidente da ditadura militar do Brasil foi Castello Branco, eleito pelo congresso nacional em 15 de abril de 1964. Ele cessou atividades em associações civis, proibiu os movimentos de greve e impôs uma nova Constituição, que promulgava a ditadura militar através da atividade de apenas dois partidos políticos: o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA).
Governo Costa e Silva
Em 15 de março de 1967, o general Arthur Costa e Silva assumiu a presidência do Brasil. A oposição à ditadura militar cria a União Nacional dos Estudantes (UNE) e organiza a “Passeata dos Cem Mil”, no Rio de Janeiro. O governo de Costa e Silva foi marcado por grandes manifestações sociais da população contra a ditadura militar. É decretado o AI-5 que decretou aposentadoria compulsória aos juízes e suspendeu o habeas corpus.

Governo da Junta Militar
Em agosto de 1969, Costa e Silva sofreu um AVC, e a Junta Militar do Brasil composta por Aurélio de Lira Tavares, Augusto Rademaker e Márcio de Sousa e Melo assumiu o poder. A ditadura militar decreta a Lei de Segurança Nacional. Nesta lei, os opositores à Ditadura Militar no Brasil eram condenados ao exílio e pena de morte.
Governo Medici
Em 1969, o general Emílio Garrastazu Medici é eleito o novo presidente do Brasil. Esta época da repressão é conhecida como “Anos de Chumbo”. Os jornais, livros, revistas, filmes, músicas, peças de teatro e qualquer outra forma artística são censurados. Foi conhecido como o período do “milagre econômico” devido aos altos índices de crescimento baseado na aquisição de empréstimos para criação de obras gigantescas, como a ponte rio-niterói e a rodovia transamazônica, que proporcional grande quantidade de empregos mas elevou o índice de inflação.

Governo Geisel
Em 1974, o Brasil começa um processo lento, de redemocratização. Geisel reinstaura o habeas-corpus, cessa com o Ato Institucional, e abre caminhos para a democracia para a população brasileira. Os militares da chamada “linha dura”, contrários a redemocratização,  mantêm uma política agressiva através de mortes e atentados a população.
Governo Figueiredo
Em 1978, a redemocratização do Brasil começa a entrar em vigor. O general João Baptista Figueiredo decreta a “Lei da Anistia” que concedia o direito de retorno ao Brasil dos políticos e brasileiros exilados, e liberava novamente expressões artísticas e de mídia. São criados partidos como o PT (Partido dos Trabalhadores) e o Partido Democráticos Trabalhista (PDS).
O fim da Ditadura Militar no Brasil
Nos últimos anos da Ditadura Militar no Brasil, a oposição começa a ganhar força. A inflação e a dívida externa do Brasil são muito elevadas, e os candidatos opositores da Ditadura Militar foram fortificados. Em 1984, ocorre o mais importante movimento de democratização do Brasil, as “Diretas Já”, movimento destinado às eleições diretas da população para presidente do Brasil. Em janeiro de 1985, Tancredo Neves é eleito novo presidente do Brasil, que fazia parte da Aliança Democrática (PMDB e Frente Liberal). Tancredo morre antes de assumir a presidência, e o vice-presidente José Sarney sobe ao poder. Em 1988 é publicada a nova constituição do Brasil, a Constituição de 1988. Ela eliminou todos os princípios da Ditadura Militar do Brasil e promulgou a democracia.


Jânio Quadros e Jango (3° colegial)


Jânio Quadros

Em 1960, Jânio foi eleito presidente da República com o apoio da União Democrática Nacional (UDN). Para vice-presidente foi eleito o candidato da oposição, João Goulart (PTB).
Jânio foi o primeiro presidente a tomar posse em Brasília, em 31 de janeiro de 1961. Ao assumir, ele lançou um programa que previa a desvalorização do cruzeiro em 100% e a redução da ajuda às importações de produtos, como trigo e gasolina. Essa política teve um custo alto para a população, pois elevou os preços do pão e dos transportes. Durante seu governo, o presidente tomou algumas medidas polêmicas, como proibir o lança-perfume e o uso de biquínis na praia. Ele também implementou uma política externa independente, o que provocou a desconfiança de grupos que defendiam o alinhamento com os Estados Unidos.
Um fato detonou a crise política que colocou fim ao governo Jânio Quadros: o presidente condecorou com a ordem do Cruzeiro do Sul o ministro cubano Ernesto Che Guevara. Sem uma base política de apoio, o governo ficou sem defesa. Em meio à crise, o presidente Jânio Quadros renunciou em 25 de agosto de 1961, sete meses depois de assumir. Como o vice-presidente João Goulart estava em viagem oficial à China Comunista, Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara, assumiu a presidência da República interinamente. Mas a oposição e os militares tentaram impedir a posse do vice. Para resolver a situação, o Congresso estabeleceu o regime parlamentarista, que controlaria o poder do novo presidente.

João Goulart

Em 25 de agosto de 1961, enquanto João Goulart realizava uma missão diplomática na China, o presidente Jânio Quadros renunciou ao cargo no Brasil. Enquanto o vice-presidente não voltava, os ministros militares do governo formaram um movimento que tentou impedir a posse de João Goulart. A solução para o impasse foi a aprovação pelo Congresso, em 2 de setembro, de uma emenda constitucional que instaurou o regime parlamentarista de governo.
João Goulart assumiu a presidência em 7 de setembro de 1961. Em 6 de janeiro de 1963, um plebiscito escolheu a volta do presidencialismo por larga margem de votos. Em 1962, o governo divulgou um plano, elaborado pelo economista Celso Furtado, para combater a inflação e desenvolver o país. Anunciou também as reformas: agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional.
Em seu governo, Jango aprovou leis que garantiam benefícios aos trabalhadores urbanos e rurais. Também procurou diminuir a participação de empresas estrangeiras em alguns setores da economia. Ele manteve uma política externa independente: reatou relações diplomáticas com a União Soviética e se recusou a apoiar a invasão a Cuba, proposta pelo presidente americano John Kennedy. As tensões sociais no país aumentaram. Em 13 de março de 1964, Jango discursou na Central do Brasil para 150 mil pessoas, e anunciou reformas, como a nacionalização de refinarias de petróleo e a desapropriação de terras. Em 19 de março, em São Paulo, aconteceu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, cujo objetivo era mobilizar a opinião pública contra a política desenvolvida pelo governo de Jango que, segundo eles, levaria à implantação do comunismo no Brasil.
Em 31 de março de 1964, o comandante das tropas de Minas Gerais iniciou a movimentação em direção ao Rio de Janeiro e deu início ao golpe político-militar que derrubou João Goulart. O presidente reconheceu a impossibilidade de resistir ao movimento, foi para o Rio Grande do Sul e depois se exilou no Uruguai.

O Congresso entregou o cargo de chefe da nação a Ranieri Mazzili, presidente da Câmara, mas foram os militares que passaram a controlar o país. O novo governo foi reconhecido pelo presidente norte-americano, Lyndon Johnson, poucas horas após tomar o poder.

Dutra, Vargas e JK (3° colegial)


Com a queda de Getúlio Vargas, sobe ao poder após o processo eleitoral de 45 o general Eurico Gaspar Dutra para um mandato que iria de 46 a 51. Seu governo ficou caracterízado por uma definição diplomática que posicionaria um alinhamento do Brasil com os EUA e a ruptura das relações com a URSS durante a guerra fria. Também foi responsável pela criação do Plano SALTE (focado nas áreas de Saúde, Alimentação, Transportes e Energia). Com falta de recursos para investimentos, poucas ações do plano viraram realidade. Durante seu governo foi criada a constituição de 46 de caráter democrático, substituindo portanto a antiga constituição criada por Vargas, de caráter ditatorial.

Ao final do governo de Gaspar Dutra, o processo eleitoral trouxe novamente para a presidência da república Getúlio Vargas. Manteve a política nacionalista ao criar a campanha "o petróleo é nosso" que definiu o monópolio da petrobras para a extração do minério no Brasil. Sua política populista ainda conseguia grande amparo na camada mais baixa, entretanto, diferente das circunstâncias que o levou ao primeiro mandato, desta vez não recebia grande apoio de diversos setores, como os militares e a classe alta. Teve na figura do jornalista Carlos Lacerda um grande opositor, e um evento relacionado a este jornalista, colocou em xeque seu governo. O atentado da "rua toneleiros" gerou apreensão no Brasil quando Carlos Lacerda sofreu uma tentativa de assassinato que levou à morte do major Rubens Vaz, principalmente pelo fato das suspeitas se voltarem para o presidente Vargas. Pressionado pelos militares que exigiam sua renúncia, Vargas comete suicídio em 1954, gerando grande revolta na população, e impossíbilitando uma possível tomada do poder pelos militares.

Em 1955 é eleito Juscelino Kubitschek. Seu governo ficou conhecido pelo Plano de Metas e uma política de desenvolvimento rápido, conhecido pelo nome de "cinquenta anos em cinco" e vai de 1956 a 1961. Seu plano de metas ficou caracterizado pelo invenstimento em infraestrutura e industria local, mas principalmente pela grande abertura para a entrada de capitais estrangeiros. Simbolo desta abertura foi a chegada de grandes montadoras de automóveis que mudaram a estrutura de transporte do Brasil, mas que por outro lado, prejudicou as industrias nacionais que ainda estavam se desenvolvendo no setor. Outro ponto crucial de seu governo foi o projeto da integração do Brasil através de uma nova capital, planejada para ser construída no centro do Brasil e que serviria também para aumentar a proteção, mas também para melhorar as manobras de controle das manifestações. Entrava em processo um grande projeto de construir uma capital moderna durante o seu mandato. Com grande capital provenientes de empréstimos internacionais, iniciou a construção da cidade de Brasilia que ficou pronta no dia 21 de abril de 1960 e deixou o país extremamente endividado.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Sociedade Feudal (1° colegial)



Após a queda do Império Romano iniciou um processo de retração da sociedade européia dentro dos novos reinos. A estrutura de governo romano entra em declínio e os reinos passam a se organizar exclusivamente em torno da posse das terras, os feudos. O período medieval é caracterizado por uma sociedade estamental, no qual não existe a possibilidade de mudanças de classes que é totalmente caracterizada e definida pelo acesso as terras. A sociedade se organiza em:
1° Estado - Clero
2° Estado - Nobreza
3° Estado - Servos

O Clero era formado pelos membros da Igreja, que na Europa do período era exclusivamente a Igreja Católica. O poder da Igreja Católica se dava através do controle do acesso ao conhecimento e que proporcionava a possibilidade de manipulação do resto da sociedade. Este poder tornava-se mais explicito através da atuação do tribunal da Santa Inquisição, que era responsável por julgar atos de heresias (contrários as doutrinas religiosas). Os métodos de torturas agressivos e a grande quantidade de mortes pelo fogo contribuiam para que através do medo, ocorresse um grande domínio sobre todos os outros estados.

O Segundo Estado era composto pelos proprietários de terras, conhecidos como Senhores Feudais. A posse da terra lhe dava o direito de receber impostos, gerando um título de nobreza no qual o mesmo era reconhecido. Os camponeses sem terras acabacavam sendo obrigados a trabalharem em suas terras para poder conseguir o acesso dos meios produtivos para seus sustentos.

Desta forma, os camponeses e artesãos viravam servos dos senhores feudais tendo que arcar diversas obrigações para com os Senhores Feudas, e formavam o maior e mais baixo grupo da sociedade medieval, o Terceiro Estado.

Obrigações Feudais:
- Corvéia: Trabalho obrigatório nas terras do Senhor Feudal
- Talha: Obrigação no qual o servo era obrigado a repassar para o Senhor Feudal metade do que ele havia produzido nas terras.
- Mão Morta: Pagamento para a renovação do uso da terra em caso do antigo usuário ter falecido.
- Capitação: Imposto sobre a quantidade de pessoas que utilizam a terra.
- Banalidades: Pagamento pelo uso dos instrumentos e construções como o Moinho e o Forno.

Revolução de 30 e a Era Vargas (3° colegial)



O período da política do café com leite causou sérios problemas econômicos ao Brasil. Incapaz de resistir ao grande colapso da Bolsa de NY, a política nacional seguiu a cartilha de buscar a proteção e o privilégio ao setor cafeicultor através do Convênio de Taubaté. A Aliança Liberal (união dos estados que não participavam da política do café com leite) tornou-se mais forte quando o então presidente Washington Luis provocou a ruptura da aliança entre São Paulo e Minas Gerais ao indicar para candidato a sucessão o paulista Júlio Prestes, em vez de indicar um mineiro. Desta forma com a força de Minas Gerais unida à Aliança Liberal, tornava-se "possível" a eleição de seu candidato, o gaúcho Getúlio Vargas. Entretanto a vitória do candidato paulista Júlio Prestes levantou a suspeita sobre a legitimidade do processo e proporcionou o início da Revolução de 30 com a marcha de tropas gaúchas e mineiras em direção à capital do Brasil. Pressionado por um possível grande conflito, Washington Luís renúncia antes mesmo de terminar o seu mandato e Getúlio Vargas é empossado na presidência da República.

Getúlio Vargas inicia um processo de desenvolvimento industrial tardio com a criação de indústrias de base estatais como a CSN (Cia. siderurgica nacional). O atraso para a convocação de uma constituinte para a criação da nova Constituição gerou indignação dos paulistas desejosos de retornar ao poder iniciando a revolução de 32 ou revolução constituinte. Mesmo com a derrota dos paulistas, a revolução serviu para pressionar a criação da nova constituição e a convocação das eleições, vencida por Vargas. Este período do governo Vargas coincidiu com o período do radicalismo na Europa entre Socialistas e Fascistas. Aproveitando esta tensão que também estava presente no Brasil, e principalmente se apoiando em um suposto plano comunista de tomada do poder chamado Plano Cohen, Vargas aplica um golpe em 37, cancelando as eleições e aumentando seus poderes, justificado na necessidade de combater o perígo comunista. Inicia-se o período conhecido como a ditadura do Estado Novo que irá até 45 e apresentou forte repressão e censura. A ditadura sofreu fortes críticas principalmente com a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial no combate as ditaduras européias em favor da democracia. Em 1945, mesmo após Vargas recuar e abrir eleições, foi retirado do cargo e impossibilitado de participar da disputa.