sábado, 31 de março de 2018

Formação das Monarquias Absolutistas (2º colegial)



Ao longo da história antiga, diversos governantes alcançaram o status de uma autoridade suprema. Entretanto este poder geralmente era alcançado pela crença de que se tratava de uma encarnação divina, ou que o mesmo fosse escolhido pelos deuses. Como exemplo podemos citar os faraós no antigo Egito, ou até o título de Augusto dado aos imperadores romanos, que lhe davam a idéia de sagrado.

Entretanto, ao longo do período medieval, os reis na maioria das vezes se caracterizaram apenas por um poder local, alcançado através das alianças e laços de suserania e vassalagem. Este padrão irá sofrer mudanças ao longo da idade moderna, quando o surgimento da burguesia proporcionará a ascensão dos reis absolutos. 

A burguesia mercantil, com seu desejo de ampliar seus negócios, barravam na falta de padronização de medidas, impostos e leis que frequentemente eram adotadas nas regiões dominadas pelos nobres. Estes fatores estimularam o apoio a um soberano capaz de impor normas em todas as terras do reino, facilitando a expansão do comércio. Por sua vez, a nobreza queria manter seus privilégios e terras, e a aliança com um monarca superior se tornava fundamental. Com o recolhimento de impostos, foi possível a formação de um exército real permanente. Este exército substituiria as tropas da nobreza e serviria para defender a todos dentro de um reino. Gradativamente, este fator passa a contribuir para a formação de uma monarquia absolutista.

Para completar esta ascensão, seria necessário o apoio dos servos e camponeses. Este apoio desta vez não será caracterizado pela fé, e sim pela razão que será moldada por teóricos como Thomas Hobbes. Em seu livro O leviatã, Hobbes exalta que o homem é naturalmente violento, e que a ausência de um Estado (Governo, Rei) o levaria a barbárie. Desta forma, o povo iria limitar sua liberdade e aceitar o poder supremo de um governante pois isso lhe aumentaria a segurança. Esta troca, ou contrato social, elevaria os reis a patamares absolutos, impondo regras e limites ao restante da sociedade.

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