quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Abdicação de Dom Pedro I e inicio do período regêncial (2° colegial)


O reinado de Dom Pedro I gerou muita insatisfação na população brasileira. As divergências começaram com a criação da nova constituição, que tinha como base os três poderes (legislativo, executivo e judiciário) mas que recebeu a adição de um quarto poder que ficava na mão do monarca, o poder moderador. Este poder lhe dava possibilidade de intervir em todos os outros poderes, legitimando desta forma um poder absoluto na mão do Rei. Junta-se a este fator o surgimento de revoltas e processos de separação, como a confederação do equador no nordeste e principalmente a guerra da Cisplatina que levou à perda deste território e a criação do Uruguai. 
O ponto crucial para a abdicação aconteceu no Rio de Janeiro em um grande conflito entre apoiadores e opositores do monarca na chamada Noite das Garrafadas. Após este conflito no centro da capital Dom Pedro I abdicou o trono e retornou a Portugal.

Ao deixar o país, Dom Pedro I deixou seu filho Dom Pedro de Alcântara como sucessor ao trono, que na época possuía apenas 5 anos, e portanto estava incapacitado de assumir o cargo. Perante esta situação foi criádo um governo regêncial que inicialmente era formado por 3 integrantes mas que posteriormente ficou na mão de apenas uma pessoa. O primeiro regente foi Diogo Feijó que tinha a responsabilidade de manter o país estável para entregá-lo a Dom Pedro de Alcântara quando este chegasse aos 18 anos. Para isso, estava proíbido iniciar guerras, anular leis e distribuir títulos de nobreza. Em seu governo, o regênte foi responsável pelo aumento dos poderes dos governadores que passaram a ser indicados pelo próprio regente. Esta situação gerou muita insatisfação nos estados e provocou o início das revoltas do período regêncial.

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