sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Revolução Industrial (2° colegial)


A revolução Industrial do século XVIII causou significativas mudanças na sociedade que moldaram a nossa sociedade atual. O uso da tecnologia e a ascensão da burguesia reordenou a sociedade tradicional, propiciando grandes mudanças e o crescimento das zonas urbanas. O país pioneiro na industrialização foi a Inglaterra que apresentava a vantagem de ter em seu solo grandes reservas de carvão mineral, principal combustível para os primeiros motores, e grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria prima utilizada neste período. Com a presença de uma burguesia com grande capital acumulado e um mercado consumidor vasto, a Inglaterra se transformou na principal potência industrial.
O primeiro ramo de desenvolvimento das industrias foi o setor têxtil. O tear mecânico modificou a estrutura do trabalho pois propiciava o uso de mão de obra não qualificada e barata, e a grande produção que propiciava preços baixos. Esta mudança foi responsável por uma rápida alteração nos métodos de trabalho, quase que eliminando o tipo de produção artesanal. Sem capacidade de concorrer com as fábricas, os artesãos eram obrigados a vender sua mão de obra e trabalhar nas fábricas.
O crescimento das fábricas também propiciou os "cercamentos", no qual os camponeses eram expulsos do campo e era substituídos pela criação de ovelhas para a geração da matéria prima das indústrias de tecelagem. As substituições geraram um grande êxodo da zona rural para a zona urbana, proporcionando uma elevada quantidade de pessoas desempregadas e propensas a aceitar baixos salários nas fábricas. Por outro lado, a diminuição dos preços gerou uma maior capacidade de consumo para as classes baixas, gerando o efeito consumismo e se tornando a base do capitalismo atual. 
O operário além de receber baixos salários, trabalhava em situações de insalubridade. Sua jornada de trabalho podia variar de 12 a 18 horas diárias em locais com pouca ventilação, riscos altos de acidentes, sem garantias ou direitos e com possibilidade até de castigos físicos. O tempo da natureza que era usado no campo passa a ser agora o tempo do patrão através das horas. A busca do lucro (mais-valia) força o operário a sempre trabalhar mais e produzir em maior quantidade. Toda esta situação irá gerar a criação das trade-unions (espécie de sindicatos) para tentar melhorar suas condições de trabalho e salário. A revolução industrial se espalha para a França e posteriormente para todo o globo, chegando na América através dos Estados Unidos.

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