quarta-feira, 27 de março de 2013

Tratado de Versalhes



Ao término da primeira guerra mundial, as nações vencedoras se reuniram para estipularem os acordos a serem assinados pelas nações derrotadas. A Alemanha foi considerada a principal culpada pelo início do conflito, e portanto, obrigada a assinar o Tratado de Versalhes em 1919. Este tratado determinou à Alemanha:

- perda de parte dos seus territórios e devolução da região da Alsácia-Lorena
- Seu exército ficou limitado ao máximo de 100 mil soldados.
- Ficou proibido de possuir uma força aérea.
- redução da marinha a 15 mil marinheiros e seis navios de guerra e seis cruzadores.
- pagamento de uma enorme indenização de 269 bilhões de marcos alemães (moeda alemã)

A imposição deste tratado fez crescer na Alemanha um forte sentimento nacionalista e de revanchismo que proporcionou o surgimento do nazismo e levou à segunda guerra mundial

Primeira Guerra Mundial (1914-1918)


A primeira guerra foi o primeiro grande conflito do século XX e um dos maiores da história devido ao envolvimento de grandes potências mundiais. O descontentamento de países como Alemanha e Itália com a partilha dos terrítorios colonizados da África e Ásia ocorrido no final do século XIX, contribuiram para o conflito. O período conhecido como Paz Armada serviu para aumentar a tensão e a formação de alianças para o que viria a ser conhecido como um dos conflitos mais sangrentos da história.

O estopim para o início do conflito foi o assassinato do Arqueduque Francisco Ferdinando, príncipe do império Austro-Hungaro, durante sua visita a Sarajevo, região recém conquista da Sérvia. Sua morte teria sido causada por um jovem sérvio ativista do grupo Mão Negra, contrário à dominação do império Austro-Hungaro na região. Não contente com as medidas adotadas pela Sérvia, o império Austro-Hungaro declarou guerra à Servia em 28 de julho de 1914. Este fato gerou um efeito em cadeia, acionando as alianças e iniciando a primeira guerra mundial (1914-1918).



A primeira fase da guerra, que vai de 1914 a 1917 ficou conhecida como guerra de trincheiras. Devido à baixa tecnologia utilizada neste período, o conflito era travado entre as trincheiras com poucos avanços significativos. As péssimas condições em que os soldados permaneciam nas tricheiras contribuiam para a enorme quantidade de baixas humanas. O ano de 1917 tornou-se crucial para o conflito devido à saída da Rússia do conflito. As condições precárias em que a população vivia, sendo ainda um país com características agrárias, levaram ao início da Revolução Russa. Liderados por Lenin e Trotsky, a população Russa organizada em soviets, conseguem vencer o exército governamental (menchevique) e destituem o general Kerenski e eliminam a família de Nicolau II (Czar) do poder. Lenin assume o controle do país, inicia a implantação do socialismo e imediatamente retira a Rússia da guerra.

A saída da Rússia geraria um desequilíbrio no conflito, o que proporcionou a entrada dos EUA para substitui-la. Os EUA participavam do conflito desde o início através de aliança com Inglaterra e França para envio de materiais de guerra e alimentos. Este período inicial em que os EUA não se envolveram no conflito proporcionou um enorme crescimento na produção industrial norte americana, tornando-o uma nova potência mundial. Sua entrada no conflito coincidiu com o uso de novas tecnologias de guerra, como o avião. Sua distancia do conflito, unido a sua enorme produção bélica, contribuiu significativamente para o término da guerra em 1918 com a rendição alemã.



Paz Armada




A paz armada foi o período ocorrido entre 1871 e 1914 na Europa, crucial para o início do primeiro conflito mundial. Este evento se iniciou após o processo da unificação da alemanha e a conquista do território francês conhecido como Alsacia e Lorena. A consequencia deste ataque foi o início de uma corrida armamentistas dos países europeus.

O interesse alemão de expansão e anexação de colônias contribuiu para o aumento da tensão, e seu desenvolvimento industrial proporcionou uma grande rivalidade com a Inglaterra. A corrida armamentista e o acirramento da rivalidade entre os países levou à formação da Tríplice Aliança, formada por Alemanhã, Itália e Império Austro-Hungaro. Por sua vez, a Inglaterra, juntamente com França e Rússia formaram a Tríplice Entente. Une-se a estas alianças o pacto pan-eslavismo formado pela Rússia com os pequenos países de origem eslava, entre eles a Sérvia.

Sistemas políticos econômicos


O Capitalismo é um sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção, do lucro através do investimento e da circulação monetária baseada na leia da oferta e da procura.
O capitalismo pode ser dividido entre capitalismo liberal e capitalismo protecionista. O capitalismo liberal determina que o próprio mercado se auto-regula, sem a necessidade de intervenção do governo para isso. O capitalismo protecionista determina que em certas circunstancias, para proteger interesses, o governo deve intervir na economia.

Socialismo é um sistema político onde não existe propriedade privada. Desta forma, os meios de produção pertencem ao coletivo, diminuindo drasticamente a desigualdade social. Se trata de um sistema de transição para o comunismo, onde o Estado, representado por um partido, ficaria responsavel por substituir os principios capitalistas.

O Comunismo seria implantado após o socialismo, onde a propriedade privada ja seria totalmente abolida. Os meios de produção são controlados pelos próprios trabalhadores. A sociedade já enraizada no princípio de igualdade não necessitaria mais de um Estado para administrá-los.

domingo, 24 de março de 2013

O neocolonialismo




O neocolonialismo foi um novo processo de colonização iniciado no seculo XIX. Esta colonização tinha como objetivo reestabelecer a economia dos países europeus após as guerras napoleonicas, e principalmente alavancar o crescimento das economias industriais européias.

O interesse de potências europeias de recolonizar a América barrou na implantação da Doutrina Monroe pelos EUA. Proferida pelo presidente James Monroe em 1823, a Doutrina Monroe defendia os interesses comerciais Norte Americanos, e portanto, contrário à possibilidade de recolonização. A frase “América para os americanos”, de certa forma, posicionava o EUA como "guardião" da América livre, contrariando os interesses Europeus, que com as economias debilitadas, se voltaram para outras regiões do globo: África, Ásia e Oceania.

As colônias serviriam como sustento para a industrialização devido a possibilidade de se conseguir matéria prima, mão de obra (barata), mercado consumidor (através do monopólio comercial), e além disso, a possibilidade de aumento significativo do exército do país dominador (metrópole). O controle destas regiões impulsionou um forte acirramento político entre as potências européias. A busca pelas colônias teve como consequência uma grande tensão que levaria ao primeiro conflito mundial da era contemporânea.

O período neocolonial também foi responsável pelo crescimento do preconceito etnico-racial. Sustentado pela teoria do darwinismo social de Herbent Spencer, os europeus se posicionaram como o topo do desenvolvimento das sociedades humanas. Desta forma, os territórios colonizados não apenas eram tratados como atrasados, mas como necessitados da "ajuda" européia em busca de desenvolvimento.

sábado, 23 de março de 2013

O perigo do fanatismo religioso


A tempos venho acompanhando o declínio de uma das poucas coisas que nossa constituição carrega de positiva, o principio da Laicidade. Um Estado Laico compreende uma separação entre Religião e estado. Este princípio, serve como garantia e liberdade religiosa para todos, sem que um grupo que esteja no poder possa perseguir, prejudicar ou eliminar outros grupos de minoria e fé contrárias. Este principio começou a ser ignorado inicialmente quando salas do congresso começaram a ser usadas para cultos religiosos particulares, entretanto, o que vem acontecendo ultimamente é o que mais me intriga.

Pela linearidade histórica, a religião sempre caminhou lado a lado com a ignorância da população. Normalmente, são as pessoas de classes humildes, com pouca instrução e passando por mazelas que são os alvos. Esta fragilidade pessoal gera a possibilidade para que aproveitadores com boa lábia possam se promover e manipular a população. Durante o terceiro Reich e o surgimento nazista na Alemanha, o país passava por grandes dificuldades economicas geradas pelo Tratado de Versalhes. O nazismo, de característica extremamente nacionalista e com princípios de superioridade racial foi aceito como solução para uma população em desespero. A consequencia disso tudo já sabemos. Mas como assim? Você vai comparar o deputado Marcos Feliciano com o nazismo do Terceiro Reich?? Sim e não. A questão levantada aqui é muito mais de de carater reflexivo. Os eventos até aqui não aconteceram, e pode ser até que nem venham a acontecer, entretanto, o quadro atual, de crescimento de um fanatismo religioso na população empobrecida, ligado a líderes que claramente apresentam condutas de diferenciação, racial, social e religiosa, pode ser um sinal de alerta de quão racional nossa população possa estar deixando de ser. A fala de Marcos Feliciano e Bossonaro relativo a afrodescendentes e homosexuais, ecoando na cabeça de milhões de pessoas que de forma fanática é associado entre certo e errado, pode levar a um processo de perseguição e divisão social, vista apenas no período da escravidão.

Ser cristão ou não, o que importa e deveria estar presente na mente das pessoas é o seu príncipio de racionalidade social. O erro está em seguir pessoas de olhos vendados, a capacidade esta dentro de cada um... o povo alemão, a tempos se pune pela cumplicidade da maior barbárie do século XX.

quarta-feira, 20 de março de 2013

De ponta cabeça


A desventura de tentar compreender a nossa sociedade nos leva a um labirinto eterno repleto de sonhos, desilusões, esperanças, revoltas e um pouco, apenas um pouco, de sabedoria. Vivemos a sociedade do espetáculo citada por Guy Debord, um verdadeiro teatro mágico de ilusões, difícil de se encontrar sentido perante tantas luzes especulativas e fumaças pejorativas. O que é real? o concreto da imaginação somos nós. Perdidos neste sonho (ou será pesadelo) no qual buscamos um sentido (não figurado) estereotipado em uma estética repleta de nuances de contrato social.

Não tenho pretensão alguma de alcançar uma verdade temporária, nem ao menos conseguir alguma mudança que a tempos já se tornaram utópicas. Sou apenas um professor, no qual nos últimos anos o APENAS ganhou mais ênfase. Formado em História e mestre em História da América Contemporânea, atualmente ministro aulas na rede pública da cidade de Cotia-SP. Como caráter reflexivo, o blog será usado para discussão e busca de um sentido nesta virtuose cotidiana.